Cada música carrega sua história, cada música lembra algo ou cria algo em cada pessoa... Essa é a história das minhas músicas, que podem ser suas, ou não, que podem ser iguais ou não, que podem te fazer feliz ou sofrer lentamente ao lembrar algo, cada um tem uma sensação diferente e única perante uma mesma musica.

A regra deste blog é fácil: Veja a música, coloque-a pra tocar e enquanto a música toca vá lendo o texto. Associe, crie, pense e reflita sobre A MÚSICA DA HISTÓRIA...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Onde Haja Sol Jorge e Mateus


Onde Haja Sol Jorge e Mateus




Quem entrasse no quarto veria claramente duas grandes amigas, cada uma em seu canto, não precisavam falar, a simples presença já era um ato de irmandade. Uma sentada no canto esquerdo do chão pintava suas unhas, com esmaltes espalhados pelo piso, acetona aberta e várias bolas de algodão. Já a outra se encontrava deitada, na cama, toda esparramada, lendo um bom livro, parava, de vez em quando, ia pegar um copo de água, na geladeira vazia. E ambas escutavam a rádio local, tinham muito o quê fazer, arrumar e estudar, mas insistiam em aproveitar o ócio de um sábado a tarde em companhia simples uma da outra, sem muito alarde, apenas aproveitando a calmaria. E como em um misto de tédio e preguiça começa a tocar na rádio:

Há quem diga que quem anda só
É melhor do que ao lado de quem não te quer bem,
O meu coração está cansado
De ser torturado e precisa de alguém.

E quase que instantaneamente ambas começam a murmurar, ao mesmo tempo, a música já decorada á tempos. E se olham rindo desta música ao qual já choraram e já riram juntas, ao se lembrar de antigos e dolorosos amores.

E cada qual, no seu canto, pegou quase instantaneamente um objeto qualquer, seu mais encantador e inovador “microfone” e juntas cantavam e gritavam para os quatro ventos, às vezes desafinando, outras seguindo o ritmo ou até mesmo perdendo o tom da música que tanto as faziam lembrar a camaradagem de ter uma amiga.

Vou tomar o caminho mais certo
Vou seguir direto até onde eu quiser
Vou levar esse amor solitário
Tranquilo e na boa até onde eu puder

Veja só,
Eu podia estar ao seu lado
Mas não deu
Eu não vou ficar aqui parado

E quase aos gritos elas cantam esquecendo todas as dores, cantavam para si, para se divertir... Pensar que Há quem diga que quem anda só É melhor do que ao lado de quem não te quer bem... Nem sabem eles que quem vive realmente só é quem não tem amigos... E que o mundo pertence a quem sabe viver, aproveitar, brincar das próprias desgraças e se deleitar com seus próprios sorrisos.
Era assim que ambas pulavam na cama, dançando e cantando em frente ao espelho, sem plateia, sem limite de som, e sem censura de erros. Riam e se divertiam inocentemente ao som da música, ao pensar que quem canta seus males espantam. E cantando os versos finais, ambas se jogam uma no chão outra na cadeira, casadas de tanto rir, de tanto agir como criança, de tanto aproveitar sem medo um momento espontâneo daquilo que muitos veriam como mico ou loucura. De tanto perceber que a vida é muito para ser tratada tão mal por tantos, que a vida não exige, belas roupas, palavras rebuscadas ou riqueza, ela exige apenas sorrisos sinceros e emoções puras ou por que não...Micos insanos?! ... Como o de em um sábado a tarde de karaokê particular?! xD

To indo pra onde haja sol
Pois o meu coração é meu lar.



Sinto falta desse tempo, que eu ria com minha amiga Jackeline M. ao som de Jorge e Mateus. Sinto saudade amiga!
Dedicado a Jackeline Muller

sábado, 15 de outubro de 2011

Eterno Retorno - Medulla



Eterno Retorno - Medulla

Andando pelas ruas movimentadas, ela sai andando, esbarrando em alguns, desviando de muitos, ela não quer ver ninguém, ela quer respirar, quer poder se estabilizar, mas seu coração dói, sua mente lateja, e sua respiração a sufoca. Ela para em um banco, desesperada... Acabou.

Sei lá,
quando ama tem
Quando fica sem,
não sabe direito como respirar.

Ela chora. “Eu tenho que aprender a respirar novamente...” Dói tanto...

Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,

Andando pelas ruas movimentadas, ele sai andando, esbarrando em alguns, desviando de muitos, e a vê... Depois de um final, ele novamente a reencontra. Ela tão linda, do mesmo jeito, rindo com as amigas ao olhar para a vitrine, seu coração bate como antes, mesmo depois de tanto tempo... Será que ele não mudou? Será que o velho amor não mudou? Será que o mesmo não retornou por que nunca ele realmente tinha ido? O amor vai além, o amor vai muito mais além.

Quando o amor chamar
e o desespero que com a vida vem
O amor vai além, o amor vai muito mais além

Ele a olha fixamente, sorri... Pois só de olhar o faz lembrar... Momentos únicos e perfeitos com seus pequenos defeitos... Um quase beijo, um beijo completo, carícias, pele e olhares... Mas seria muito bom...

...Se os dias fossem como girassóis
e nada nos fizesse esquecer
e o mundo nos deixasse por um instante a sós
e o tempo parasse só nesse instante

Ela o vê... Larga as sacolas com as amigas, vai ao seu encontro, levemente, sem pressa, chega perto, não fala nada e o abraça. Não falam nada... Apenas aproveitam esse eterno retorno, por entre olhos fechados, sorrisos amargos e abraço apertado.

Se é mesmo a vida quem desata os nós
e o medo dela não nos deixa entender
O universo inteiro numa casca de noz
Impõe a lei do eterno retorno

Ele abre os olhos. Olha para seus braços, o vazio se faz presente, olha pra vitrine, ela não está lá, nunca esteve...

Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um Pente É Um Pente - Os Hawaianos


 Escolham seus Caminhos! 

O que é o quê pra você? Não confunda e não se deixe confundir...

Muito menos confunda um coração que está confiando em ti.

(Ingrid Vita)



 

Um Pente É Um Pente - Os Hawaianos


É o pente, é o pente x 15

Traição é traição
Romance é romance
Amor é amor
E um lance e um lance.

Traição é traição
Romance é romance
Amor é amor
E um lance e um lance.

sábado, 1 de outubro de 2011

Aí Já Era - Jorge e Mateus


Aí Já Era - Jorge e Mateus

 
Na fila do banco... Ela escutava a rádio local e de repente passa a tocar uma música qualquer ,depois de 30 segundos, ela percebe que a letra dizia muito do que ela sentia por um alguém... Aquele alguém que ela sempre lembrava... Aquele alguém que permanecia em sua cabeça mesmo na fila do banco, e até mesmo ao escutar uma simples música desconhecida... Tudo acabava se voltando pra ele, fazia a rir sem motivo e também a perturbava por isso... Tinha medo de ser amor, mas no fundo sabia que era amor o que sentia... Ela pensava que ele sentia o mesmo... Falavam-se sempre, riam, brincavam, brigavam, sonhavam e viajavam... Nunca foi preciso dizer nada pra reafirmar esse tipo de amor... Nunca se tocaram como namorados... Mas sentiam uma atração única e inexplicável, faziam altas declarações que falavam de amor, mas que não falavam de seu amor. Falavam muito e diziam pouco... Certa vez ela tomou uma decisão, no mesmo dia que ele também tomara uma decisão. Ela foi para o computador e resolveu mandar a música que declarava e ao mesmo tempo abria seu coração pra ele, resolveu expor seus sentimentos, mesmo que para isso se tornasse vulnerável, pois seu coração agora estava em suas mãos, desprotegido, longe de seu peito, mas pronto para ser segurado por outro alguém...

“Para pra pensar
Porque eu já me toquei
Eu te escolhi
Você me escolheu, eu sei

Tá escancarado
Vai negar pro coração
Que você tá com sintomas de paixão

É quando os olhos se caçam
Em meio à multidão

Quando a gente se esbarra
Andando em qualquer direção

Quando indiscretamente
A gente vai perdendo o chão

Vai ficando bobo
Vai ficando bobo

E aí já era
É hora de se entregar
O amor não espera
Só deixa o tempo passar

E fica pro coração
A missão de avisar
E o meu tá dando sinal
E tá querendo te amar.”

Ele recebeu a mensagem e ficou atônito, leu, releu, sentia o mesmo... Sentia realmente o mesmo, sempre sentiu, mas já não podia corresponder, já era tarde, tinha acabado de prometer seu coração a outro alguém... Uma palavra foi respondida, não precisava muito para entender a situação, ela leu, ele perguntou se estava bem, ela disse que sim, enquanto que apenas uma lágrima descia por entre seus olhos embaçados. Ele fazia perguntas, queria saber como ela estava, queria abraça-la, pedir perdão, explicar, mas não podia, estava longe, e pelo computador nada disso podia ser feito, nada podia ser dito, e por mais que ele não a visse, por mais que ele não a escutasse, ele sabia, sentia tudo que ela estava passando, seus olhos vermelhos tentando não chorar, suas mãos trêmulas, sua dor interna, seu ódio ao se achar tão idiota por se iludir, sua cabeça confusa e girando de dor ao perder um grande amor, ele sabia de tudo, por que ele sentia o mesmo, sentia seu coração sendo esmagado e sufocado por um ato que já não tinha mais volta. Ela se despediu, secamente, desejou que ele se cuidasse, fechou o computador, lacrou o coração, se sentou no chão e chorou, o choro mais silencioso e mais dilacerador de sua vida... Esperando que um dia isso tudo passasse... (Ingrid Vita)

Dedicado a um certo alguém...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Lanterna dos afogados - Maria Gadú


Lanterna dos afogados - Maria Gadú


Uma noite longa por uma vida curta
Mas já não me importa, basta poder te ajudar
...


(Anna senta num café, pega seu maço de cigarros)
 Anna: Droga, meu isqueiro acabo logo agora.
 (O cara da mesa ao lado levanta-se e diz)
 Brian: Quer que eu acenda?
Anna: Ah… Obrigada!
Brian: Posso me sentar?
Anna: Sim…
Brian: Marlboro light, seu preferido não é?
Anna: É sim.
Brian: Você continua linda.
 (Silêncio)
Anna: Não te conheço de algum lugar?
Brian: Talvez…
Anna: Qual seu nome?
Brian: Meu nome é Brian.
Anna: Realmente me é familiar.
Brian: O mundo é pequeno Anna…
Anna: Como sabe meu nome? Eu devo te conhecer, é que desde…
Brian: Desde o seu acidente?
Anna: Você tem uma bola de cristal ai?
Brian: Não, não hahaha. Reparei na sua cicatriz.
Anna: Ah… E que desde o meu acidente, não consigo lembrar de alguns lugares ou pessoas.
Brian: Entendo…
Anna: Então… Eu… Eu te conheço?
Brian: Eu costumava ser seu namorado.
(Autor Desconhecido)

...Eu tô na lanterna dos afogados
Eu tô te esperando ve se nao vai demorar 

Tem Nada a Ver - Jorge e Mateus

Tem Nada a VerJorge e Mateus

- E seu namoro com aquele cara?!

- Ele?! Naammmm! Menina não tenho nada com ele não. Ele é só um conhecido.  Na verdade um prego, faz tempo que eu falei com ele e nem quero mais, tava nem lembrada! xD
Em seu intimo pensa “Porque será que hoje ele ainda não me ligou?!”

Alguém me disse que você falou
Que acha graça, e tem pena de mim
Que não me ama
Que o nosso caso já chegou ao fim

Se é verdade que você não quer
Responda se puder

Quem é que liga no meio da noite
Diz que está sozinha
Quem é que nos meus braços fala que é só minha
E chora de emoção na hora do prazer
Por que será que você não assume que eu sou seu homem
Por que o tempo todo fala no meu nome
Confessa que você não sabe me esquecer
Tem nada a ver
Você quem está fugindo da verdade
Parece que tem medo da felicidade
Você diz que não, seu corpo diz que sim
Tem nada a ver
A boca que me beija a mão que me apedreja
Se deita em minha cama, depois me difama
Diz que não me quer mas vive atrás de mim

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tão Bem - Jota Quest

Tão Bem - Jota Quest
Ela me encontrou
Eu tava por aí
Num estado emocional tão ruim
Me sentindo muito mal

Perdido, sozinho
Entrando de bar em bar
Procurando não achar

Ela demonstrou tanto prazer em estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação que até então não conhecia
De se querer bem, de se querer quem se tem


Ela me faz tão bem
Ela me faz tão bem
Que eu também quero fazer isso por ela

Piano Bar - Engenheiros do Hawaii


  
Novamente ele estava sem sono, mas ainda era cedo. Mesmo assim ele tentava dormir, pois dormindo era seu único jeito de esquecer, esquecer aquela que pedira demais, e assim ambos acabaram se perdendo, aquilo que existira um dia se partiu de uma forma que ele sabia que não tinha como insistir ou voltar atrás, mas as lembranças ainda existiam. Pegou o taxi e foi para a praia, nos últimos dias isso virara rotina, caminhar na praia e sentar dois bancos depois da garota loira, sua conhecida anônima, sempre a vira, mas nunca falara com ela, mas ela não estava hoje ali. De repente ele a avista, Ela apareceu, parecia tão sozinha. Parecia que era minha aquela solidão.”, ele resolve se aproximar e conversar, nunca ela estivera assim tão pra baixo. No começo tudo era incerto, tímido e desajeitado, mas o assunto foi fluindo, conversas surgindo e a animação de ambos foi se transformando... Nada já não mais importava, “na verdade 'nada' é uma palavra esperando tradução.” Risos davam asas ao tempo e ele voava. Algo acontecia, um novo começo?!Talvez! (Ingrid Vita)

“Ontem à noite, eu conheci uma guria, Já era tarde, era quase dia. Era o princípio num precipício. Era o meu corpo que caía.
Ontem à noite, a noite tava fria, Tudo queimava, mais nada aquecia. Ela apareceu, parecia tão sozinha. Parecia que era minha aquela solidão.
Eu conheci uma guria que eu já conhecia, de outros carnavais com outras fantasias...”