Cada música carrega sua história, cada música lembra algo ou cria algo em cada pessoa... Essa é a história das minhas músicas, que podem ser suas, ou não, que podem ser iguais ou não, que podem te fazer feliz ou sofrer lentamente ao lembrar algo, cada um tem uma sensação diferente e única perante uma mesma musica.

A regra deste blog é fácil: Veja a música, coloque-a pra tocar e enquanto a música toca vá lendo o texto. Associe, crie, pense e reflita sobre A MÚSICA DA HISTÓRIA...

sábado, 15 de outubro de 2011

Eterno Retorno - Medulla



Eterno Retorno - Medulla

Andando pelas ruas movimentadas, ela sai andando, esbarrando em alguns, desviando de muitos, ela não quer ver ninguém, ela quer respirar, quer poder se estabilizar, mas seu coração dói, sua mente lateja, e sua respiração a sufoca. Ela para em um banco, desesperada... Acabou.

Sei lá,
quando ama tem
Quando fica sem,
não sabe direito como respirar.

Ela chora. “Eu tenho que aprender a respirar novamente...” Dói tanto...

Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,

Andando pelas ruas movimentadas, ele sai andando, esbarrando em alguns, desviando de muitos, e a vê... Depois de um final, ele novamente a reencontra. Ela tão linda, do mesmo jeito, rindo com as amigas ao olhar para a vitrine, seu coração bate como antes, mesmo depois de tanto tempo... Será que ele não mudou? Será que o velho amor não mudou? Será que o mesmo não retornou por que nunca ele realmente tinha ido? O amor vai além, o amor vai muito mais além.

Quando o amor chamar
e o desespero que com a vida vem
O amor vai além, o amor vai muito mais além

Ele a olha fixamente, sorri... Pois só de olhar o faz lembrar... Momentos únicos e perfeitos com seus pequenos defeitos... Um quase beijo, um beijo completo, carícias, pele e olhares... Mas seria muito bom...

...Se os dias fossem como girassóis
e nada nos fizesse esquecer
e o mundo nos deixasse por um instante a sós
e o tempo parasse só nesse instante

Ela o vê... Larga as sacolas com as amigas, vai ao seu encontro, levemente, sem pressa, chega perto, não fala nada e o abraça. Não falam nada... Apenas aproveitam esse eterno retorno, por entre olhos fechados, sorrisos amargos e abraço apertado.

Se é mesmo a vida quem desata os nós
e o medo dela não nos deixa entender
O universo inteiro numa casca de noz
Impõe a lei do eterno retorno

Ele abre os olhos. Olha para seus braços, o vazio se faz presente, olha pra vitrine, ela não está lá, nunca esteve...

Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela.

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