Eterno Retorno - Medulla
Andando pelas ruas movimentadas, ela sai andando, esbarrando
em alguns, desviando de muitos, ela não quer ver ninguém, ela quer respirar,
quer poder se estabilizar, mas seu coração dói, sua mente lateja, e sua
respiração a sufoca. Ela para em um banco, desesperada... Acabou.
Sei lá,
quando ama tem
Quando fica sem,
não sabe direito como respirar.
quando ama tem
Quando fica sem,
não sabe direito como respirar.
Ela chora. “Eu tenho que aprender a respirar novamente...” Dói
tanto...
Mas, vem feito
coice,
Cabou-se o que era
doce
O vento sempre leva o que trouxe,
O vento sempre leva o que trouxe,
Andando pelas ruas movimentadas, ele sai andando, esbarrando
em alguns, desviando de muitos, e a vê... Depois de um final, ele novamente a reencontra.
Ela tão linda, do mesmo jeito, rindo com as amigas ao olhar para a vitrine, seu
coração bate como antes, mesmo depois de tanto tempo... Será que ele não mudou?
Será que o velho amor não mudou? Será que o mesmo não retornou por que nunca
ele realmente tinha ido? O amor vai além, o amor vai muito mais além.
Quando o amor
chamar
e o desespero que com a vida vem
O amor vai além, o amor vai muito mais além
e o desespero que com a vida vem
O amor vai além, o amor vai muito mais além
Ele a olha fixamente, sorri... Pois só de olhar o faz
lembrar... Momentos únicos e perfeitos com seus pequenos defeitos... Um quase
beijo, um beijo completo, carícias, pele e olhares... Mas seria muito bom...
...Se os dias
fossem como girassóis
e nada nos fizesse esquecer
e o mundo nos deixasse por um instante a sós
e o tempo parasse só nesse instante
e nada nos fizesse esquecer
e o mundo nos deixasse por um instante a sós
e o tempo parasse só nesse instante
Ela o vê... Larga as sacolas com as amigas, vai ao seu encontro,
levemente, sem pressa, chega perto, não fala nada e o abraça. Não falam nada...
Apenas aproveitam esse eterno retorno, por entre olhos fechados, sorrisos
amargos e abraço apertado.
Se é mesmo a vida quem desata os nós
e o medo dela não nos deixa entender
e o medo dela não nos deixa entender
O universo inteiro numa casca de noz
Impõe a lei do eterno retorno
Impõe a lei do eterno retorno
Ele abre os olhos. Olha para seus braços, o vazio se faz
presente, olha pra vitrine, ela não está lá, nunca esteve...
Mas, vem feito coice,
Cabou-se o que era doce
O vento sempre leva o que trouxe,
mais dia menos dia, alivia.
E eu já nem sinto mais o cheiro dela.